Desemprego
Saldo de emprego é negativo em 2019
Em Pelotas, foram fechadas 771 vagas formais entre janeiro e março deste ano, conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
Jô Folha -
Entre janeiro e março deste ano, o saldo entre demissões e contratações de emprego formal em Pelotas ficou negativo em 771 vagas. As áreas que mais fecharam vagas foram a de operador de máquinas de fabricação de doces, salgados e massas alimentícias, vendedores do comércio varejista e alimentadores de linha de produção. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e foram divulgados nesta quarta-feira (24). No Brasil, o saldo negativo foi de 43.196 vagas de emprego formal no trimestre.
Ao todo hoje, no Brasil, são 13,1 milhões de desempregados somados a 4,9 milhões de pessoas desmotivadas a procurar emprego, de acordo com o IBGE. Neste primeiro trimestre em Pelotas, foram 7.101 desligamentos contra 6.342 admissões.
No caminho contrário, o das contratações, os setores que registraram os melhores saldos positivos foram o de servente de obras, o de operador de máquinas de beneficiamento de equipamentos agrícolas e o de estivador.
Em Pelotas
Pelotas passou de 2002 a 2014 por uma crescente no estoque total de empregos formais. Se em 2002 havia 49,7 mil vagas, em 2014 alcançou 79,6 mil. Conforme dados levantados pelo Observatório Social do Emprego, órgão ligado ao Instituto de Filosofia, Sociologia e Política (Ifisp) da UFPel, os números seguiram em queda até 2017, quando chegaram a 73,8 mil. Os setores que mais empregam são serviços, comércio e indústria.
Entre as características do mercado de trabalho local, aponta, estão a grande rotatividade e a "elevada sazonalidade ocupacional", citando destaques da economia local, como indústria de alimentos, indústria de conservas e comércio. No relatório anual de 2018, é apresentada a grande concentração de empregos no setores de comércio e serviços, que juntos representavam 78,9% do total.
A procura de emprego
"Eu já larguei currículo em tudo o que é lugar, mas tá difícil", comenta Jeferson da Costa, 23 anos, morador do Fragata. No momento, faz bicos onde pode. Na tarde desta terça-feira (24), construía uma pequena calçada para uma vizinha idosa. Como vive de aluguel, a cada final de mês vive uma luta para conseguir arcar com as contas da casa. "O que aparecer eu estou fazendo", conta o desempregado, que por último trabalhou na construção civil e também já atuou como açougueiro.
O jovem Nataniel Teixeira, 17 anos, também procura seu primeiro emprego com carteira assinada. Estudando à noite, ele busca um emprego durante o dia para ter seu próprio dinheiro. No entanto, tem esbarrado na falta de experiências na carteira de trabalho. "Como vou ter experiência sem ter uma primeira oportunidade?", questiona.
Pelotas
Saldo do emprego formal dos últimos dez anos
2009: 2.489
2010: 4.076
2011: 3.785
2012: 1.513
2013: 2.863
2014: 266
2015: - 2.943
2016: - 1.771
2017: - 632
2018: 606
2019 (janeiro a março): - 771
Saldo por área em 2019
Extrativa mineral: 0
Indústria de transformação: - 404
Serviços industriais de utilidade pública: - 26
Construção civil: 25
Comércio: - 318
Serviços: - 61
Administração pública: 1
Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca: 12
Total: - 771
(Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados da Secretaria do Trabalho, Ministério da Economia)
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